Como a tecnologia pode auxiliar na segurança do paciente

Segurança do paciente é um termo que, à primeira vista, parece muito claro, de fácil compreensão e aplicação por parte das instituições.

Entretanto, esse termo apresenta outras dimensões conceituais para além das que imaginamos ao ouvi-lo.

Neste conteúdo você encontrará o conceito dessa expressão, além de várias dicas sobre como promover a segurança do paciente dentro da sua instituição.

Ficou curioso? Então continue com a gente para saber tudo sobre segurança do paciente.

Você possivelmente já utilizou o termo “segurança do paciente” alguma vez na vida, o que você provavelmente não sabe é que ele vai muito além das simples práticas comumente aplicadas.

Ainda que queiramos nos referir ao estado do paciente, este termo reporta os problemas que podem afetar o quadro de um indivíduo.

O que exatamente significa segurança do paciente?

Para entendermos o conceito exato deste termo, é preciso saber onde tudo começou.

Desde o século passado, foram instituídos por Avedis Donabedian, sete atributos que definiam a qualidade da saúde, eram eles:

  • Eficácia;
  • Efetividade;
  • Eficiência;
  • Otimização;
  • Aceitabilidade;
  • Legitimidade;
  • Equidade.

Já no século atual, todos esses os conceitos mudaram um pouco e a segurança do paciente foi adicionada como mais um dos principais atributos dos cuidados de saúde.

Atualmente os seis atributos são:

  • Segurança do paciente;
  • Efetividade;
  • Centralidade no paciente;
  • Oportunidade do cuidado;
  • Eficiência;
  • Equidade.

O conceito de segurança do paciente, consiste em métodos de como evitar as ocorrências médicas (lesões e danos) decorrentes do cuidado, que prejudicam a saúde dos enfermos como, por exemplo:

  • Diagnóstico incorreto;
  • Infecções hospitalares;
  • Medicação errada.

O termo também pode ser definido como: “Todos os estudos e práticas que visam a eliminação, ou pelo menos a redução de procedimentos, que podem fazer mal ao paciente na assistência prestada pelos profissionais da saúde.”

A prática dessas ações reduz o tempo de tratamento e internação, melhora consideravelmente a saúde do paciente e limita a incidência de doenças. Por essas razões, é importante que a conscientização a respeito do tema comece cedo, dentro das universidades.

A segurança do paciente nas universidades

É importante salientar que as atuais graduações de medicina focam pouco no ensinamento de segurança hospitalar, pois geralmente os cursos de medicina são mais voltados para as práticas técnicas.

Obviamente, os profissionais da saúde devem prestar assistência sempre, mas esta pode ser, desde o começo, mais voltada para a segurança e assim fornecer mais qualidade no atendimento.

A IBSP – Instituto Brasileiro de segurança ao paciente é uma instituição totalmente voltada para isso. Eles atualmente oferecem cursos para conseguir mudar essa situação recorrente no nosso país.

O termo segurança do paciente vem sendo discutido há muito tempo. Em especial no ano de 2011, quando a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão que regula e controla a área sanitária de serviços e produtos, lançou um boletim informativo sobre segurança do paciente, a expressão foi destacada.

Outros boletins sobre a segurança do paciente foram gerados depois desse. Entretanto, naquela época, o termo “segurança do paciente” recebeu destaque global devido à ocorrência mundial de problemas relacionados a isso.

O Boletim da OMS

No ano seguinte, a OMS lançou um boletim cujo objetivo era realizar uma análise sobre a segurança do paciente em hospitais africanos. Ainda que antigo, adaptamos algumas questões para que você possa formar uma base de dados e posteriormente estratégias que visam a melhoria da segurança do paciente dentro da sua instituição.

Então responda sim ou não para as questões abaixo e reflita sobre a segurança do paciente:

Informações Gerais do Hospital:

  1. A estrutura do prédio protege os pacientes e funcionários das condições climáticas comuns?
  2. Existe acesso confiável à internet dentro do hospital?

Segurança do Paciente e Desenvolvimento de Sistemas e Serviços de Saúde:

  1. Existe um plano estratégico de longo prazo para o hospital?
  2. O plano inclui a melhoria da segurança do paciente?
  3. Existe um plano anual para o hospital?
  4. Existe um inventário detalhado do ano anterior de todos os itens hospitalares?
  5. Existe um processo confiável de aquisição e fornecimento de materiais hospitalares?
  6. Cada visita médica está registrada no prontuário do paciente?
  7. Existem computadores para gerenciar a informação do paciente?
  8. Existe atualmente algum software no hospital que promova a melhoria da qualidade de atenção?
  9. Já houve alguma tentativa de avaliar os processos organizacionais?

Conhecimento e aprendizado sobre a Segurança do Paciente

  1. Existe um programa de educação continuada para médicos e enfermeiros dentro da instituição?
  2. Existe um plano de treinamento/formação hospitalar?
  3. Existe um sistema de auditoria clínica em qualquer departamento?
  4. Existe um sistema para registrar eventos adversos (por exemplo: danos causados pelo tratamento médico)?
  5. Existem protocolos específicos utilizados para o atendimento ao paciente no hospital?
  6. Existem listas de verificação ou sistema de workflow para procedimentos no hospital?
  7. Existem articulações entre o hospital e instituições externas de treinamento?

Aumento na Conscientização sobre a Segurança do Paciente

  1. Existe uma declaração ou carta de direitos do paciente?
  2. Existe algum mecanismo dentro do hospital para informar sobre os direitos do paciente (folhetos, cartazes)?
  3. Existe algum sistema (formulários e protocolos) para obter o consentimento do paciente antes de algum procedimento?
  4. Existe algum mecanismo para informar pacientes e famílias sobre a segurança do paciente?

Infecções associadas aos cuidados de saúde

  1. Existe uma pessoa responsável ou coordenador que lidere as atividades de PCI (Prevenção e Controle de Infecção?
  2. As estratégias e metas para PCI estão definidas?
  3. O grupo de PCI foi treinado em controle de infecção?
  4. Existem políticas ou normas de procedimento escritos para os seguintes?
    1. Higiene das mãos;
    2. Desinfecção e esterilização;
    3. Prevenção e controle de infecções gerais;
    4. Políticas de isolamento;
    5. Práticas assépticas relacionadas com o cuidado do paciente;
    6. Injeções seguras;
    7. Dispositivo para material pontiagudo;
    8. Manuseio de alerta a surtos;
    9. Triagem de pacientes de alto risco para a transmissão de doenças infecciosas;
    10. Reutilização de equipamentos/instrumentos;
    11. Uso de antibióticos;
    12. Infecções respiratórias.
  5. Existem lembretes (cartazes) sobre a higiene das mãos e outros temas relacionados com a prevenção e controle da infecção nas áreas destinadas aos pacientes?
  6. Existe uma sessão centralizada de suprimentos esterilizados para todo o hospital?
  7. Existem rotinas e políticas para o uso de medicamentos antibacterianos?

Proteção dos trabalhadores de saúde

  1. Existe registro e acompanhamento de acidentes e ferimentos entre os profissionais de saúde ?
  2. Existe um protocolo para profilaxia pós-exposição para os profissionais de saúde?
  3. Os trabalhadores de saúde (incluindo os estagiários) são imunizados contra a Hepatite B?
  4. Existe um mecanismo para registrar o excesso de horas de trabalho dos profissionais de saúde?

Gestão dos resíduos nos cuidados de saúde

  1. Existem protocolos para a gestão dos resíduos no cuidado de saúde usados no hospital?
  2. Existem locais de coleta de todos os tipos de resíduos (cortantes, risco biológico, infeccioso, tóxico, químico, radioativos) em vários locais do hospital?
  3. Existe um local apropriado para o armazenamento temporário de resíduos?
  4. O hospital fornece instruções para o descarte de dejetos utilizados/produzidos pelos pacientes (agulhas e bandagens usadas, medicamentos fora do prazo de validade) em casa?

Se você respondeu sim à maioria dessas questões, isso significa que você está indo bem na promoção da segurança do paciente.

Se você respondeu não à maioria das perguntas, utilize esse boletim para promover um pensamento mais crítico acerca da sua instituição e colher dados importantes que te ajudarão a evitar problemas de biossegurança e promoverão mais segurança ao paciente.

Ficou confuso com relação à semelhança dos termos “biossegurança” e “‘segurança do paciente”? Então vem com a gente para saber qual é a diferença entre os dois.

Biossegurança versus segurança do paciente

Os termos Biossegurança” e “segurança do paciente” realmente são muito semelhantes. “Biossegurança” pode ser definido como um conjunto de ações cujo objetivo são:

  • Prevenir,
  • Reduzir ou eliminar,
  • Controlar.

Os riscos que estão relacionados às atividades que podem comprometer a saúde do meio ambiente, do animal ou do ser humano.

A Lei que regulamenta a política nacional de Biossegurança é a Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005.

Isso foi apenas um resumo, para saber mais sobre esse termo, clique aqui!

Já o termo “segurança do paciente” faz referência à estudos e práticas, cujo objetivo é promover o melhor cuidado para os enfermos e assegurar apoio aos profissionais da saúde, de forma que suas ações não prejudiquem a saúde do paciente.

No fim das contas, apesar do erro ser uma condição humana, é possível utilizar métodos de prevenção para evitar erros futuros. Acredite! A tecnologia pode ajudar as instituições a preveni-los.

Diante tudo o que já foi dito até aqui, você consegue pensar em como a tecnologia poderia auxiliar a promover melhorias na segurança do paciente?

A tecnologia a favor do paciente

A tecnologia é atualmente uma grande aliada das instituições de saúde pública e privada, através dela é possível evitar erros e garantir a segurança do paciente. Mesmo que o investimento em tecnologia seja relativamente alto, elas fazem valer a pena cada centavo.

Caso a tecnologia não seja usada adequadamente, ela pode, inclusive, se tornar um grande problema. O maquinário hospitalar está entre as tecnologias que exigem certos cuidados para com a segurança do paciente, são exemplos:

  • Verificação periódica do equipamento quanto às condições de uso e funcionamento;
  • Instruir o paciente e acompanhantes sobre como acionar o profissional em caso de urgência ou anormalidades;
  • Posicionar o equipamento em local seguro para que não haja acidentes;
  • Estar sempre atualizado com relação às alternativas tecnológicas para saber quando é necessário substituir o maquinário.

Outro tipo de solução que ajuda a promover a segurança do paciente, são os softwares de gestão.

Elas ajudam a reduzir o TMA e garantem uma melhor gestão quando integrados aos ERPs, mas estes são apenas alguns exemplos de como os softwares podem promover mais segurança ao paciente ao profissional à instituição.

Conclusão

Desde o século passado, a segurança do paciente é uma preocupação no mundo inteiro, e atualmente, com as novas tecnologias disponíveis no mercado, fica mais fácil promover qualidade na saúde.

Depois de responder ao questionário disponível neste artigo eu lhe pergunto, como a sua instituição se saiu? Ainda é preciso fazer algumas mudanças ou você está “OK” com a promoção da segurança do paciente?

No nosso blog existem vários artigos que poderão te ajudar com isso e, se você quiser conhecendo as soluções que a CM tecnologia oferece, basta clicar no botão abaixo!

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Nuria © 2012-2023
Feito com ❤️ em Belo Horizonte

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